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Justiça afasta vereadora de ONG animal em investigação sobre maus-tratos e desvio de recursos, em Londrina

Decisão, Anne Ada de Moraes de Souza (PL) também é investigada por crimes ambientais. Anne Ada Moraes (PL), vereadora eleita em Londrina RPC A Justiça dete...

Justiça afasta vereadora de ONG animal em investigação sobre maus-tratos e desvio de recursos, em Londrina
Justiça afasta vereadora de ONG animal em investigação sobre maus-tratos e desvio de recursos, em Londrina (Foto: Reprodução)

Decisão, Anne Ada de Moraes de Souza (PL) também é investigada por crimes ambientais. Anne Ada Moraes (PL), vereadora eleita em Londrina RPC A Justiça determinou que a vereadora de Londrina, no norte do Paraná, Anne Ada de Moraes de Sousa (PL), se afaste da Associação Defensora dos Animais (ADA), onde estão abrigados aproximadamente 450 bichos. Quatro dias depois, nesta terça-feira (3), esta decisão foi extinta pela Vara da Fazenda Pública de Londrina. ✅ Siga o g1 PR no Instagram ✅ Siga o canal do g1 Londrina no WhatsApp O local era administrado pela vereadora, mas desde abril teve a tutela transferida à Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU). Anne, que está no primeiro mandato, é suspeita de maus-tratos, cometimento de crimes ambientais e desvio de recursos da associação. O juiz Marcos José Vieira destacou que impedir a circulação de Anne criava um conflito, porque a casa da vereadora está no mesmo espaço e há permissão para que a CMTU acesse somente os lugares em que os animais estão. "De modo que a decisão proferida pela MMª Juíza Plantonista está em aparente rota de colisão com a deliberação do relator do agravo. Por isso que cabível a sua pronta revogação", diz a decisão. Argumento usado para a primeira decisão A determinação de afastamento, que foi revogada, é da 20ª Promotoria de Justiça de Londrina e foi publicada na última sexta-feira (30) pela juíza Raphaella Benetti da Cunha Rios após um pedido do Ministério Público do Paraná (MP-PR). Em entrevista à RPC, afiliada da TV Globo no Paraná, a promotora Révia Luna explicou que o pedido foi feito após informações de que a vereadora estava dificultando o trabalho de intervenção da CMTU. Conforme relatado no documento da decisão, Anne impediu o acesso das equipes à associação, fez ameaças e agrediu fisicamente uma das voluntárias. No boletim de ocorrência, ao qual o g1 teve acesso, foi registrado que a vereadora empurrou e chamou de "sanguessuga" uma das pessoas. A promotora também disse à RPC que Anne fez postagens em redes sociais, espalhando notícias falsas de que os animais estavam passando fome, e pedia para que as pessoas não fizessem mais doações. VEREADORA ANNE É PROIBIDA DE FREQUENTAR LOCAL ONDE ESTÃO ANIMAIS RESGATADOS LEIA TAMBÉM: Apostas online: Suspeito de desviar dinheiro de ONG movimentou mais de R$ 6 milhões no PR 'Boate Azul': Como a morte de um papa inspirou criação no Paraná de um dos maiores 'modões' do Brasil Curitiba: Vendedora será indenizada em R$ 15 mil após gerente pedir para que ela usasse saias curtas para favorecer vendas A Justiça havia determinado que Anne só está autorizada a acessar a própria casa, que fica ao lado da associação. Além disso, ela estava proibida de impedir a entrada do interventor e de membros da equipe da CMTU e voluntários que estejam trabalhando nos cuidados com os animais. Caso descumpra as determinações impostas pela Justiça, Anne poderia ser multada e responder pelo crime de desobediência. O valor da multa não foi estipulado no documento. O que diz a vereadora O advogado Fábio Turetta, que defende a vereadora, explicou ao g1 que Anne é proprietária do imóvel e que revogar a decisão de proibir que a vereadora entre no local "foi uma medida bastante sadia e que repõe equilíbrio". Sobre a denúncia de agressão, o advogado disse que trata-se de uma situação "lamentável" e que está "tomando providências no âmbito criminal". VÍDEOS: Mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias no g1 Norte e Noroeste.

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